sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dieta do shake - Revista Boa Forma

Os shakes de última geração estão mais nutritivos, gostosos e enriquecidos com substâncias antioxidantes. E, a ciência prova, eles dão aquela força na perda de peso.

Shake é tudo de bom  

Por Eliane Contreras

Os shakes em pó não estão sozinhos: vêm acompanhados de barras de cereais, shakes prontos para beber e até suplementos vitamínicos. Algumas marcas foram além: incluíram na composição dos produtos substâncias funcionais e prometem aumentar o pique, acelerar o metabolismo ou combater os radicais livres. Para completar o pacote – e garantir bons resultados –, também estão ensinando tintim por tintim como incluir esses produtos no cardápio. Você disca para o serviço de atendimento ao consumidor ou navega no site da empresa para obter informações sobre as refeições que podem ser substituídas pelo pó, por exemplo.

Mas, desde já, esqueça a idéia de usá-los de manhã à noite na tentativa de emagrecer a jato. “Trocar todas as refeições só pelos shakes faz perder peso mais rapido, mas a maior parte do que é eliminado consiste em água e músculos, não em gordura”, explica a nutricionista Juliana Capatto, da Clínica de Endocrinologia Filippo Pedrinola. E como ninguém aguenta ficar por muito tempo sem mastigar no almoço e no jantar, quando voltar a comer normalmente corre o risco de engordar tudo de novo.

“A vantagem desses produtos é que são equilibrados, garantindo os nutrientes essenciais ao organismo, além de permitir um maior controle na ingestão de calorias”, diz o nutrólogo Mauro Fisberg. A gente sabe o valor calórico exato do shake ou da barrinha e, ainda, tem uma sensação de saciedade maior, chegando na refeição seguinte sem tanta fome.

No início da dieta, a indicação é trocar no máximo duas refeições pelos substitutos – uma pequena (café da manhã ou lanche) e outra grande (almoço ou jantar). Preocupada se vai aguentar ficar sem mastigar nada? Relaxe! Você pode e deve, especialmente nas refeições principais, combinar o shake com frutas, uma salada verde ou uma sopa leve, suprindo a necessidade e o prazer de comer algo sólido, salgado e quentinho.

Numa segunda etapa, após queimar os quilinhos extras, os produtos devem substituir apenas uma refeição pequena. Mas, de novo, não é para abusar. O ideal é que, nessa fase, você já tenha aprendido a se alimentar corretamente, nos horários certos e de maneira equilibrada, deixando os substitutos para os dias em que não tem tempo para comer com calma ou precisa sair de casa sem o café da manhã. “Esses produtos devem funcionar como coadjuvantes na perda de peso e, ao mesmo tempo, como uma ferramenta para criar hábitos alimentares saudáveis”, diz a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição, que elaborou, em parceria com a nutricionista Mônica Cristina Campos, o cardápio da dieta. Ele mostra as refeições ideais para encaixar os shakes e as barrinhas, ajudando você a controlar melhor o apetite, aprender a comer de maneira saudável e perder os quilinhos que estão sobrando.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Por que sentimos fome?

Antes da barriga roncar, uma série de hormônios começa a se movimentar no organismo. Entenda o fenômeno que garante sobrevivência e, se for o caso, prepare-se para o lanche!
Por que sentimos fome?1) O agente da fome
Um hormônio chamado grelina é produzido no estômago no momento em que esse órgão se encontra vazio. Na circulação, ele manda um sinal para o hipotálamo, estrutura do cérebro responsável pelo controle do apetite, que dá um aviso ao corpo: é hora de comer! Quando nos alimentamos, os níveis de grelina caem.

2) Olfato turbinado
A grelina pode tornar animais e seres humanos mais sensíveis a cheiros. Isso porque a substância estimula o bulbo olfativo, região do cérebro que decodifica os odores. É um belo incentivo para captar o aroma dos alimentos.

3) Meu bem você me dá…
…isso mesmo: água na boca. Bastam um pouco de apetite e um prato bonito para começarmos a salivar. Eis o motivo: a visão e o cheiro da comida instigam algumas áreas do cérebro, que, por sua vez, aciona as glândulas produtoras de saliva na boca. O líquido é liberado, então, para preparar o terreno para receber o alimento.

4) Por que o estômago ronca?
O jejum prolongado costuma ser acompanhado por aquele barulho que soa na barriga. Ele dá as caras quando os músculos do estômago vazio começam a se remexer. Esses movimentos empurram o ar que estava ali dentro para a válvula pilórica, estrutura que divide o estômago e o intestino delgado, causando os típicos roncos de fome.

5) O hormônio da saciedade

Quando comemos, as células de gordura que compõem o tecido adiposo liberam uma substância conhecida como leptina. Quando ela está em alta, o indivíduo se sente satisfeito. Mas, quando cai, surge aquela vontade de fazer um lanche. Por regular a fome, a leptina também influencia a perda ou o ganho de peso.

6) Queremos energia!
Passado um tempo depois da refeição, as taxas de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que bota a glicose para dentro das células, ficam baixas — sinal de que o corpo aproveitou toda aquela carga de energia. Quando o hipotálamo nota a falta de insulina no sangue, emite um alerta sobre a necessidade de comer.

Gostou destas dicas? Venha saber mais no Espaço Vida Saudável Pituba!

Fonte:http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/causas-da-fome.shtml

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Benefícios do emagrecimento saudável



Benefícios do emagrecimento saudável

A combinação de exercícios físicos com dieta balanceada pode trazer bons resultados já nos primeiros quilos a menos. Veja o infográfico e descubra:


O que acontece no corpo de uma pessoa obesa que perde 5% do seu peso?
Por Manoel Gomes



1. Memória: livrar-se de alguns quilos sobressalentes ajuda a resguardar as lembranças. Ao perder peso, diminui-se a resistência à leptina, enzima que sinaliza se é necessário ingerir mais ou menos alimentos. Essa substância ainda participa do processamento da memória no hipocampo e protege a massa cinzenta.


2. Colesterol: investir numa dieta equilibrada e com pouca gordura abaixa os níveis de colesterol no sangue. Dar adeus a pneuzinhos e afins colabora principalmente na diminuição do LDL, o chamado colesterol ruim. Em excesso, ele provoca a oxidação da camada interna dos vasos sanguíneos,que fica toda inflamada.


3. Câncer: a perda de massa gorda reduz o risco de desenvolver diversos tumores, como os de esôfago, pâncreas, ovário, rins, útero e mama. Sem o peso adicional, o organismo controla os hormônios que favorecem a desregulação de células e fatores inflamatórios que deixariam o corpo vulnerável ao câncer.


4. Pressão: uma murchada na barriga influencia na pressão arterial. Mais leve, o corpo deixa de produzir insulina aos montes para lidar com o açúcar. Quando está aos borbotões, esse hormônio favorece a retenção de água e sal. Também está por trás da secreção além da conta de noradrenalina. Tudo isso provoca a disparada da pressão.


5. Articulações: podar os quilos extras alivia a sobrecarga nas juntas, principalmente naquelas consideradas de impacto, como o quadril, o joelho e o tornozelo. Alguns estudos ainda em estágio inicial sugerem que o sobrepeso produz substâncias que agridem a cartilagem das articulações.

Os números podem variar de acordo com o metabolismo de cada indivíduo, além de outros fatores, como a genética, a composição dos nutrientes da dieta e a frequência dos exercícios físicos.


Reportagem: Manoel Gomes
Infográfico: Aluísio Cervelle, Luiz Iria e Ana Paula Megda
Adaptação do infográfico para a internet: André Scatelli

Fontes: FÁBIO GOMES, NUTRICIONISTA DA ÁREA DE ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E CÂNCER DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER; HUGO COBRA, CHEFE DO CENTRO DE CIRURGIA DO JOELHO DO INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA; SÔNIA BRUCKI, NEUROLOGISTA DO DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE NEUROLOGIA COGNITIVA E DO ENVELHECIMENTO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA; NABIL GHORAYEB, PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA DO ESPORTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; ZULEIKA SALLES COZZI HALPERN, ENDOCRINOLOGISTA; MARIANA DEL BOSCO, NUTRICIONISTA; DANIEL MAGNONI, CARDIOLOGISTA E NUTRÓLOGO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO; ANDRÉ PEDRINELLI, PRESIDENTE DO COMITÊ DE TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA; MARIA TERESA ZANELLA, PROFESSORA TITULAR DA DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/beneficios-emagrecimento.shtml

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Suplementação nos Pacientes Diabéticos



Todos nós sabemos que o diabetes caracteriza-se pelo aumento da glicose no sangue; devido a deficiência absoluta ou relativa da insulina. A doença só vem aumentando, pois ela está intimamente relacionada com crescente número de obesos.
É sabido que uma alimentação inadequada é a principal causa da falta dos nutrientes. Porém, por mais que os profissionais de saúde insistam no tema de uma “alimentação balanceada”, as estatísticas confirmam que o hábito alimentar dos brasileiros é horrível.
Recente pesquisa* demonstra que nada menos que 90% dos tupiniquins não consomem a quantidade mínima indicada pela OMS de frutas, verduras e hortaliças. Este cenário não muda nos diabéticos. Pelo contrário. Além da grande maioria NÃO seguir hábitos saudáveis, os diabéticos tem aumentada a taxa de excreção de vários nutrientes pela urina( vide esquema abaixo ):
Então, se tenho um paciente diabético que não segue padrões alimentares saudáveis e está, ainda, com controle glicêmico insatisfatório, a suplementação é sempre considerada.
Suplementar é administrar um determinado nutriente que não esteja sendo consumido na dieta rotineira da pessoa. No caso em questão, os pacientes diabéticos podem ser beneficiados com uso de alguns. Vamos a eles:
§ Zinco: elemento essencial para várias reações no organismo. No diabético, ocorre aumento da excreção na urina, com redução da sensibilidade da célula à ação da insulina, agravando o aumento da glicemia. É particularmente responsável por proteger da retinopatia diabética (complicação que leva à cegueira).
§ Cromo e Vanádio: micronutrientes com funções também diversas. Inúmeros estudos tem demonstrado que a suplementação de curto a médio prazos tem ajudado a reduzir os níveis de glicose no sangue.
§ Magnésio: É co-fator de mais de 300 reações no organismo. Inúmeros estudos correlacionam déficits de magnésio com aumento da incidência dos casos de Diabetes.
§ Vitaminas C e E e selênio: é de conhecimento geral que o diabético tem um aumento do estresse oxidativo, que é a formação de radicais livres. Isto aumenta as complicações inerentes à doença, como: infarto, derrame cerebral, cegueira, insuficiência renal, etc. O uso de antioxidantes pode ser útil em vários casos, em especial nos casos que não estão com bom controle glicêmico.
§ Vitaminas D e B6: baixos níveis destas vitaminas provocam piora na função das células secretoras de insulina pelo pâncreas. O que leva a uma maior predisposição a se tornar um diabético e/ou piorar a situação quando a doença já está instalada.

Estes são apenas alguns exemplos do que uma deficiência nutricional, NÃO CORRIGIDA, pode acarretar ao paciente diabético. A suplementação em diabéticos ainda é controversa no meio acadêmico, porém vários estudos já apontam seus benefícios.**
Para mim é certo que a suplementação tem o seu lugar no tratamento, controle e prevenção do Diabetes.
Este texto não pretende estimular às pessoas portadoras do diabetes a fazerem uso, por conta-própria, de suplementos prontos de “A a Z”. A suplementação deve ser feita SEMPRE por profissional capacitado.
Boa semana a todos.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Síndrome Metabólica

Síndrome Metabólica? O que É Isso?
Muito tem se falado a respeito da Síndrome Metabólica. Mas, afinal o que significa isso?
Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven, observou que doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estavam, muitas vezes, associadas à obesidade. E mais que isso, essas condições estavam unidas por um elo de ligação comum, chamado resistência insulínica. A valorização da presença da Síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença cardiovascular. Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior.

A insulina é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la às células do nosso organismo. A ação da insulina é fundamental para a vida. Mas, a insulina também é responsável por inúmeras outras ações no organismo, participando, por exemplo, do metabolismo das gorduras. Resistência insulínica corresponde então a uma dificuldade desse hormônio em exercer suas ações. Geralmente ocorre associada à obesidade, sendo esta a forma mais comum de resistência.

Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) - americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.

E você, Tem Síndrome Metabólica?

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
  • Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
  • Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85 mmHg;
  • Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
  • Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;
  • HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres

Eu tenho Síndrome metabólica: e agora?

Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Em alguns casos o uso de medicação se faz fundamental. Um endocrinologista pode avaliar e orientar seu caso especificamente.
Consultoria: Mônica de Oliveira - Comissão de Novas Lideranças
Leia também:

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (http://www.sbem.org.br/sindrome-metabolica/)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A comida que emagrece

A ciência revela que vários nutrientes são capazes de estimular o corpo a evitar o ganho de peso. As descobertas estão modificando o cardápio de quem está de dieta e incentivam a indústria alimentícia a criar produtos que ajudam na luta contra a balança

Mônica Tarantino

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CALORIAS A MENOS
A atriz Isa Zampietri, 25 anos, emagreceu 14 quilos em dois anos. Ela
passou a ingerir alimentos que obrigam o corpo a gastar mais energia
durante a digestão. “Todo dia uso uma colher de canela junto com frutas ou
sucos”, conta. Maçã também está no seu menu: ela aumenta a saciedade



Se você está procurando caminhos mais eficazes para perder peso, que tal inserir alguns alimentos no cardápio, em vez de apenas riscar do menu as opções que engordam? Se a sugestão assustou, relaxe. Na verdade, trata-se de uma das mais modernas e espertas estratégias traçadas pela ciência para ajudar quem deseja emagrecer: usar a nosso favor o poder de determinados alimentos para nutrir e ao mesmo tempo evitar o acúmulo de peso. É a comida que emagrece. A descoberta de que, sim, ela existe foi uma das mais importantes informações obtidas nos últimos anos pelos estudiosos que se dedicam a investigar saídas contra a obesidade. “Chegamos à conclusão de que o caminho para acumular menos calorias não é simplesmente cortá-las”, disse à ISTOÉ Darius Mozaffarian, da Universidade de Harvard (EUA). “Hoje sabemos que ingerir mais de diversos tipos de alimentos está associado à perda de peso”, completou.

O que o pesquisador americano está afirmando aqui não se refere à velha máxima de que se deve aumentar o consumo de opções com menor quantidade de calorias se o objetivo é emagrecer. A recomendação continua correta, é claro. O que o cientista quer dizer é que dezenas de pesquisas estão demonstrando que vários alimentos ajudam a prevenir o ganho de peso não por causa da quantidade de calorias que apresentam – ou não somente por isso –, mas devido à ação de nutrientes específicos que impedem o depósito de gordura no organismo.

Essa nova linha de abordagem tem como embasamento a constatação de que os efeitos da comida no organismo e a nossa relação com os alimentos são muito mais complexos do que se imaginava. “Há, por exemplo, uma ligação importante entre o cérebro e o aparelho digestivo”, afirma o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. De fato, descobriu-se a existência de uma espécie de segundo cérebro no corpo: cerca de 100 milhões de células nervosas, do mesmo tipo das que existem no cérebro, estão distribuídas pelas paredes do estômago, esôfago e intestino. E elas estão lá com um propósito claro: participar da regulação das sensações de fome e saciedade. Por meio delas são gerados sinais que vão do intestino ao cérebro avisando quando é hora de parar de comer.

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MUDANÇA RADICAL
Há dez anos, a enfermeira Ken Haragushi, 62 anos, decidiu que as
algas e a soja estariam sempre presentes nas refeições da família.
“Essa alimentação me levou a emagrecer dez quilos e melhorou
a minha disposição”, diz o marido, Ricardo, 68 anos


E o que se verificou foi que o envio desses avisos está vinculado ao tipo de alimento em trânsito no aparelho digestivo. Alguns, como carboidratos simples, presentes em pães e massas brancas, por exemplo, demoram mais para estimular os sinais de saciedade. Outros, ao contrário, são mais rápidos na tarefa. Entre eles estão os óleos e gorduras. “Hoje, o estudo da digestão precisa levar em conta o funcionamento do intestino-cérebro”, afirmou à ISTOÉ Heribert Watzke, conselheiro científico do centro de pesquisa em alimentos da Nestlé, na Suíça. “Ele deve ser considerado como um órgão neurológico ativo.”

O pesquisador está concentrado em estabelecer meios de prolongar o tempo de permanência dos alimentos no intestino para aumentar a percepção e a duração da saciedade. Com essa perspectiva, Watzke e sua equipe trabalham em modificações na estrutura do óleo de oliva para que ele seja digerido mais lentamente e fique por um tempo maior no intestino. “Descobrimos que um dos produtos resultantes da digestão do azeite, os monoglicerídeos, desaceleram o processo se estiverem presentes desde o início nesse alimento”, contou ­Watzke. Eles criaram em laboratório moléculas de monoglicerídeos e as adicionaram ao azeite. Após a alteração, sua permanência no intestino foi mais prolongada, aumentando a saciedade.

No Reino Unido, o governo financia trabalhos com o mesmo objetivo. Um dos estudos mais promissores avalia a adição dos galactolipídeos – moléculas de gordura encontradas em cereais – aos alimentos para desacelerar a digestão da gordura. Por enquanto, os britânicos experimentam o desempenho dessas moléculas em uma máquina que simula o estômago e o intestino humanos. “Não queremos parar a digestão da gordura porque isso causaria efeitos ruins, mas estamos seguros de que diminuir a velocidade do processo trará benefícios”, disse à ISTOÉ Peter Wilde, do Institute of Food Research, em Norwich. Ele espera que os galactolipídeos sejam usados como ingredientes de alimentos ricos em gordura como maionese e sorvetes.

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BOA TROCA
A estudante de teatro Adriana Cinti, 30 anos, ganhou peso quando trocou o interior
pela capital paulista. Por sugestão de sua nutricionista, cortou a comida fast-food,
passou a tomar até três litros de chá-verde ou branco e enriqueceu o cardápio com
cereais integrais e frutas. “Agora eu como até mais, perdi sete quilos e ganhei energia”


Outro estudo inglês avalia o desempenho do alginato, substância extraída de algas marinhas, em substituição à gordura. “O alginato é uma fibra que retarda a absorção de nutrientes pelo intestino”, explicou à ISTOÉ Jeff Pearson, da Universidade NewCastle e coordenador do trabalho. Os resultados iniciais revelam que a mistura da fibra pode evitar que cerca de 85% da gordura ingerida seja absorvida. Pearson e seu time desenvolveram um pãozinho com alginato. “O sabor ficou ótimo”, garante o cientista. A meta é concluir os testes com o produto até 2013.

Os efeitos da gordura na relação entre cérebro e digestão estão entre os focos principais dos estudiosos. Recentemente, a pesquisadora Deborah Clegg, da Universidade Southwestern (EUA), fez revelações interessantes a esse respeito. Ela descobriu que um componente das gorduras de origem animal (carne, leite e seus derivados), o ácido palmítico, aumenta o desejo de comer. “Ele interfere nos sinais trocados por estruturas celulares e atrapalha a percepção da saciedade”, explicou à ISTOÉ. “A pessoa tem vontade de continuar comendo.”

Para chegar a essa conclusão, ela testou em animais o impacto de vários tipos de gordura no cérebro. A investigação mostrou que a ingestão de carnes e queijos, especialmente, fornece um aporte de ácido palmítico que depois de cair na corrente sanguínea, o que acontece após a digestão, consegue atravessar a barreira hematoencefálica que protege o cérebro e atua em estruturas como o hipotálamo, que regula a ingestão, e o hipocampo, onde essas moléculas prejudicam a memória e a cognição. “Ao penetrar em diferentes núcleos cerebrais, o ácido palmítico bloqueia a atuação de hormônios envolvidos na saciedade, no peso e no gasto ener­gético”, diz.

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NOVOS SABORES
O empresário Joseph Gelschyn, 61 anos, conseguiu diminuir o
colesterol e perdeu a barriga consumindo alimentos como purê de
amêndoas, abacate e óleo de coco. “Com eles, fico saciado por mais tempo”


Embora a mai­oria das iniciativas nesse campo ainda esteja em nível de pesquisa, já existem produtos industrializados criados para interferir nos sinais da saciedade. Um deles é uma emulsão de água e óleos de palma e aveia fabricada pela empresa holandesa DSM. A substância, com o nome comercial de Fabuless, é adicionada a produtos dietéticos pela indústria de alimentos ou vendida em potinhos para ser acrescentada em receitas caseiras. “A digestão dessa mistura é mais lenta por causa de substâncias contidas no óleo de aveia. Por isso, quando ela chega ao intestino, um sinal de saciedade é enviado ao cérebro”, disse à ISTOÉ o francês Bruno Baudoin, gerente de produtos da companhia holandesa. No Brasil, a substância é indicada por nutricionistas como Lucyanna Kalluf, do Instituto de Prevenção Personalizada, em São Paulo. “Peço para adicionar aos sucos e sopas”, diz. Entre os produtos com a mistura estão um leite de soja fabricado pela Ohki Pharmaceutical, lançado no Japão no ano passado, e o leite Silhuette Active, disponível na França.

Outra opção de nutriente já acessível são as fibras do tipo inulina. “Elas prolongam a permanência dos alimentos no estômago e no intestino”, explica a nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria Nutricional, em São Paulo. Por isso, alimentos como a chicória, rica fonte de inulina, começam a ser incluídos com mais frequência no cardápio de quem precisa emagrecer. Na Alemanha, são vendidos suplementos em pó e tabletes de inulina extraída da chicória. “Há frações da inulina que têm sabor doce e podem substituir o açúcar. Outras substituem a gordura por causa da textura cremosa”, disse à ISTOÉ Marjan Nowens-Roest, da Sensus, empresa alemã que fabrica o Frutafit, nome comercial da linha de produtos contendo o nutriente. Outras fibras, como o glucomanan, estão sendo incluídas em alimentos como a Pasta Slim, um fettuccine fabricado pela Wildwood e vendido nos Estados Unidos.

Bem ao alcance da mão estão outras boas alternativas para adiar a fome. Grãos integrais, iogurtes e nozes estão entre elas. “Eles demoram mais tempo para ser digeridos e melhoram o processo digestivo”, afirma a nutróloga Vânia Assaly, de São Paulo, e membro do Institute of Internal Medicine (EUA). Nessa lista há alguns componentes surpreendentes. Amêndoa, abacate e óleo de coco, por exemplo, são conhecidos por serem calóricos. Por isso, pode causar estranheza vê-los incluídos em um cardápio para emagrecer. Mas o que se descobriu é que eles também prolongam a saciedade. Por essa razão, começaram a ser mais recomendados nas dietas, desde que consumidos com moderação.

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ÓLEO
Na Suíça, Watzke testa azeite que prolonga a saciedade


A maçã, por sua vez, sempre foi uma boa pedida contra o peso porque tem poucas calorias e bom valor nutricional. Um estudo feito pela Universidade da Flórida (EUA) adicionou mais um motivo a seu favor. Os cientistas acompanharam 160 mulheres que ingeriram uma maçã seca por dia durante um ano e verificaram que a fruta ajudou na perda de peso não só por ser pouco calórica, mas devido à presença da pectina, fibra que eleva a saciedade.

A comida pode auxiliar no emagrecimento também pela capacidade de alguns nutrientes de aumentar a produção de calor pelo corpo – o que significa queimar mais calorias. É um predicado dos alimentos termogênicos. “O consumo regular de pimenta, pimentões, gengibre, guaraná e chá-verde, por exemplo, acelera a queima de calorias”, explica a nutricionista Lucyanna Kalluf.

Uma investigação do Centro de Nutrição Humana da Universidade da Califórnia (EUA) indicou que as pimentas, por exemplo, dobram a produção de calor até algumas horas depois da refeição em que foram consumidas. Os pesquisadores testaram os efeitos de uma substância similar à capsaicina das pimentas, o dihydrocapsiate, que não provoca ardor. Ela foi ministrada durante 28 dias junto com uma dieta de baixíssimas calorias a 17 pessoas que queriam perder peso. Outros 17 indivíduos seguiram o regime, mas receberam placebo. Entre os que ingeriram o composto, constatou-se que o gasto energético foi duas vezes maior.

Mas aqui há uma controvérsia. Pesquisadores da Purdue University, também nos EUA, afirmam que só se pode usufruir dos outros efeitos atribuídos à pimenta, como a supressão do apetite – ela anestesia a sensação da fome – , se ela for ingerida ao natural. Os testes da Purdue University foram feitos com meia colher de chá de pimenta-vermelha picada nas refeições. Mas qualquer outra pimenta pode ser usada, pois a capsaicina está presente na maioria das pimentas frescas e secas.

O caso das pimentas – capazes de aumentar a queima de calorias e a saciedade – é um bom exemplo da complexidade do papel que os alimentos desempenham no nosso organismo e de seu potencial para nos auxiliar na guerra contra a balança. Com o abacate, o óleo de coco e a canela, por exemplo, ocorre a mesma coisa. São considerados termogênicos e se descobriu que diminuem a sensação de fome. Em relação à canela, esse efeito ficou patente após pesquisa realizada pela Universidade de Lund, na Suécia. Os cientistas avaliaram o papel da canela na rapidez com que o estômago fica vazio após as refeições. Para isso, o estômago de 14 voluntários foi monitorado por ultrassonografia após a ingestão de 300 gramas de arroz-doce com e sem o condimento. O estudo constatou que o tempo de permanência da comida no estômago foi maior para aqueles que tinham consumido o doce com a canela.

Na lista dos alimentos que ajudam a prevenir o ganho de peso também constam aqueles cuja digestão resulta na liberação mais lenta da glicose para o sangue. O açúcar é o combustível para o funcionamento das células, mas em excesso não só pode levar à diabetes como ainda ao acúmulo de peso.

Ocorre que, se a digestão dos alimentos promove uma entrada muito rápida de açúcar no sangue – como é o caso dos pães e doces, de muito fácil digestão –, o pâncreas precisa liberar mais insulina, hormônio que permite a entrada dessa glicose para dentro das células. Mas essa solicitação tem um preço. O desequilíbrio na produção desse hormônio piora a ação da própria insulina, o que promove uma espécie de resistência do corpo ao seu funcionamento. Ou seja, ainda que o corpo libere mais insulina, ela não é suficiente para tirar o açúcar do sangue. A consequência é que isso dificulta a queima da gordura, processo que só entra em cena depois que os estoques de glicose são consumidos, resultando em ganho de peso. Mas há outros desdobramentos. Por causa do mecanismo de resistência, a glicose não entra nas células em quantidade suficiente e o organismo fica sem energia, o que torna constantes o desejo de comer e a sensação de fome. Os alimentos que evitam esse problema são os de baixo índice glicêmico. Entre alguns dos exemplos estão a ameixa, o damasco e o kiwi. Diante de tantas opções, é só usar o bom-senso, equilibrar a dieta e escolher o menu mais indicado para comer, e mesmo assim emagrecer.

OS NEURÔNIOS CANIBAIS
Passar fome não é boa ideia para quem quer emagrecer. Pesquisadores do Albert Einstein College Medicine (EUA) descobriram que a privação de alimento leva os neurônios ligados ao controle do apetite a devorar células semelhantes para obter as substâncias de que necessitam. O processo ocorre no hipotálamo, estrutura cerebral que regula as sensações de fome e saciedade. Por mecanismos complexos e agora explicados por um estudo feito em animais, o processo leva à liberação de ácidos graxos que estavam guardados no interior das células canibalizadas. “Isso aumenta ainda mais a fome”, afirmou Rajat Singh, autor do estudo, publicado na edição deste mês da revista “Cell Metabolism”.

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Fonte: Revista ISTOÉ INDEPENDENTE, Medicina & Bem-estar
| N° Edição: 2178 | 05.Ago.11 - 21:00 | Atualizado em 09.Ago.11 - 10:55